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Introdução alimentar complementar: dicas fundamentais!

A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade deve complementar o leite materno, que deve ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais. Além de suprir as necessidades nutricionais, alimentação complementar feita de forma adequada contribuirá na formação de bons hábitos alimentares, na qual são apresentados novos sabores, cores, aromas e texturas. 

Organização Mundial da Saúde(OMS) preconiza amamentação exclusiva e em livre demanda até 6 meses de vida. A partir de seis meses a criança deve receber outros alimentos, além do leite materno.

O primeiro contato do bebê com os sabores começa, na verdade, quando ele ainda está no útero. Esse é um dos motivos da importância da alimentação na gestação. Estudos comprovam que a partir da 16 semana gestacional o bebe engole o líquido amniótico. E o sabor desse líquido, é resultado daquilo que a mãe se alimenta. Quanto mais diversificada for alimentação melhor, para uma melhor aceitação e formação das preferências alimentares da criança no futuro. 

Como também a alimentação da mãe durante o período da amamentação quanto mais variada e equilibrada for, melhor será a formação do paladar da criança.

O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, amor e suporte por parte da mãe e todos os cuidadores da criança.

A introdução prematura dos alimentos complementares leva ao desmane precoce, aumento da morbimortalidade infantil e desenvolvimento de doenças. Assim como a introdução tardia dos alimentos complementares leva a prejuízos no crescimento e desenvolvimento da criança, risco de desnutrição e deficiências de micronutrientes.  

A introdução alimentação complementar deve ser gradual, pequenas quantidades e aumentar o consumo gradativamente.

No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos a criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos.

Evolução da consistência dos alimentos na introdução alimentar

Pastosa (purê ou papa), semi-pastosa (amassada) e quase normal (mal amassada). Chegando a consistência semelhante alimentação da família.

É natural que o bebê jogue os alimentos para fora com a língua no início da alimentação complementar. Tudo é novidade para ele, a colher, a consistência e o sabor.

Iniciar aos 6 meses de idade oferecendo um fruta pela manhã e leite materno livre demanda.

Introduza uma fruta pela manhã. Detalhe importante o bebê não deve estar com muita fome, nem também com a barriga cheia e sem estar com sono.

Dar preferência as frutas orgânicas, na impossibilidade escolher frutas da estação.

Na segunda semana oferecer outra fruta a tarde.

Na terceira semana pode iniciar a refeição principal (antigamente chamada como “papa salgada”).

Resumindo na 1 semana uma fruta pela manhã, na segunda outra fruta a tarde e na terceira semana iniciar a refeição principal.

Com relação ao sal só deve ser acrescentado a comida do bebê após 1ano. Devido ao bebê ter uma capacidade renal limitada. Antes usar ervas e temperos naturais.

 O que deve compor a refeição principal?

Um alimento cereal ou tubérculo.

Uma fonte de leguminosa

Uma fonte de proteína

Hortaliças e verduras

E uma fonte de óleo vegetal, como por exemplo o azeite de oliva extra virgem ou óleo de coco. 

Dicas e cuidados especiais

  1. Cuidado com a higiene no preparo, no armazenamento e na oferta dos alimentos à criança.
  2. Entre o 7 e 8 mês de vida o bebê deve receber ao dia. Duas frutas e duas refeições principais. No oitavo mês até  os 10 meses amassar menos a comida. Aos 12 meses comida semelhante da família.
  3. Amassar a comida na textura de purê, pode ter um pedacinho ou outro. Não precisa ficar homogênea. Em hipótese alguma peneirar ou liquidificar a comida.
  4. Outro cuidado é com a temperatura da comida para não queimar o bebê. Verificar antes de oferecer ao bebê.
  5. Oferecer os alimentos separados no pratinho, pois desse modo, além de visualmente ser muito mais atraente para os bebês, favorece a educação do paladar, portanto eles passam a conhecer cada sabor, textura, cheiro e cor dos alimentos.
  6. Ter paciência, não forçar jamais, se o bebê apresentar muita resistência espere uma semana e tente novamente.
  7. Neste momento que iniciar introdução alimentar complementar oferecer água (tratada, filtrada e fervida) à criança, nos intervalos das refeições. Evitar oferecer água de coco. Para não ter dificuldade de aceita  a água normal.

ATENÇÃO: Não oferecer ao bebê menor de 1 ano:

  • Açúcar e doces (só pode após 2 anos);
  • Alimentos industrializados ou processados, como danoninho, farináceos, leite fermentado, iogurtes, cereais matinais, biscoitos tipo maisena, recheados, salgadinhos, chocolates e achocolatados, mel;
  • Sucos de frutas;
  • Leite de vaca.

O açúcar após 2 anos. Você pode perguntar: ele não vai comer um bolo até completar 2 anos? Vai sim! É só substituir o açúcar da receita por frutas secas como: uva passa, ameixa, damasco, tâmaras e outras.

Os primeiros anos de vida são fundamentais para a formação de bons hábitos alimentares!

Carmelita Mendonça

Formada pela UFPE, há alguns anos me dedico ao atendimento especializado de crianças e adolescentes. Atendimento clínico de adultos principalmente os que tem diabetes e pessoas com dificuldade com alimentos FOODMAPS.